domingo, 4 de maio de 2008
Paul Colin
A arte publicitária
*Arte de litografar com várias cores por meio de impressões sucessivas.
sábado, 3 de maio de 2008
Quelques Affiches
Bitter Campari, de Leonetto Cappiello, 1921. Litografia.
Bonal, de A. M. Cassandre, 1935. Litografia.
17eme Salon Internationale de l'aviation, de Paul Colin, 1946. Litografia.
Jean Carlu
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Litografia
A Litografia foi muito usada no início da imprensa moderna no século XIX para impressão de documentos, rótulos, cartazes, jornais, etc.
Procedimento da Litografia: http://www.glatt.com.br/fixos/gravura/litografia_pi.html
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Influência do Contexto Histórico nos Movimentos da França
"Na primeira metade do século XX, reinou a Escola de Paris. Não importava se os artistas de uma determinada tendência morassem ou não em Paris: a maioria dos movimentos emanava da França."¹
Art Nouveau
Também conhecido como Fovismo. Surgiu na França e teve destaque entre 1904 e 1908. É considerado o primeiro movimento importante de vanguarda do século XX. Em 1905, em Paris, houve uma exposição que inaugurou o movimento. Alguns artistas foram chamados de fauves (feras), em virtude da intensidade com que usavam as cores puras. Um dos principais princípios do Fauvismo era que a cor pura deveria ser exaltada.
Há vários cartazes surrealistas do artista Joan Miró (que, segundo Breton, "pode ser considerado o mais surrealista de todos nós") divulgando exposições na galeria Maeght, de Paris:
Art Déco
Como o próprio nome sugere, foi meramente decorativo. Predominavam as linhas retas ou circulares estilizadas, as formas geométricas e o design abstrato.
O art déco apresenta-se de início como um estilo luxuoso, destinado à burguesia enriquecida do pós-guerra.
Alguns cartazes do Art Déco:
Charles Loupot, 1925
² STRICKLAND, Carol. Arte Comentada. Ediouro: 1999, página 149.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Pierre Fix-Masseau
“Exactitude” de 1929: A pintura, posteriormente transformada em cartaz a pedido de uma empresa francesa de estradas de ferro para ser usado em sua campanha promocional, descreve uma imagem de um trem em perspectiva que acaba de chegar na estação – o título e a precisão da imagem sugerindo que ele está chegando na hora certa. A imagem é típica do período, com linhas fortes, ângulos agudos e cores escuras que conferem movimento e imposição do trem no cartaz. Fix-Masseau seguiu produzindo uma série de cartazes para esta empresa que almejava promover o glamour e a velocidade da viagem de trem nessa época.
terça-feira, 29 de abril de 2008
Aldolphe Mouron Cassandre
“Um cartaz, diferentemente de uma pintura, não é e nem deve ser, um objeto concebido para satisfazer uma demanda específica de determinado amante das artes. Ele é um objeto produzido em série, que possui milhares cópias, assim como uma caneta ou um automóvel. Da mesma forma, o cartaz é feito para satisfazer determinadas necessidades materiais, e deve ter uma função comercial. Eu não preciso destacar que minha principal e constante preocupação é a de me reinventar sempre. Muitas pessoas bem intencionadas me pedem para fazer cartazes no estilo de “Au Bucheron” como se eu estivesse livre para dar continuidade a um estilo de design uma vez que este possui boa aceitação e já está estabelecido! Tais reproduções estão fora de questão. Além disso, seria uma forma de suicídio do artista. Cada cartaz é uma nova experiência, ou uma nova batalha para se lutar. O sucesso não vem para o artista que tenta convencer por meio de palavras suaves, mas para aquele que o faz de forma violenta.”
A. M. Cassandre
(traduzido de http://www.cassandre.fr/)
Considerado por muitos críticos como o mais brilhante cartazista francês de sua época, Aldophe Mouron Cassandre viveu entre 1901 e 1968. Pode-se dizer que Cassandre começou sua carreira aos 14 anos como pintor, mas ficou mundialmente conhecido por seu trabalho com design gráfico na produção de cartazes e criação de tipografias. E é isso que lhe permite fazer as reflexões acerca desse trabalho no trecho citado acima. É interessante notar o modo como vê o design gráfico (“satisfazer necessidades materiais, e deve ter uma função comercial”), que além de bastante atual não o separa do fazer artístico.
O cartaz ao qual se refere, foi feito para a loja parisiense de móveis “Au Bucheron” , que significa “O lenhador”. Neste trabalho, Cassandre explora o nome da loja e o material de que são feitos seus produtos. As linhas diagonais, marcantes na imagem, podem ser vistas em vários de seus trabalhos e em de outros artistas do período. É uma imagem forte e expressiva de um lenhador em que se pode notar influências cubistas (geometrização das formas) e fauvistas (cores fortes e contrastantes). Nota-se também a presença de uma forma de um degradé que posteriormente também fez parte dos principais trabalhos de seus contemporâneos, e que hoje é considerado como característica da Art Déco.
Apesar de Cassandre negar a continuidade de um estilo de design previamente estabelecido, pode-se observar algumas características que marcam sua produção. O forte trabalho que faz com a tipografia e a forma como explora as letras e palavras é um bom exemplo disso. Em “Au Bucheron” (1923), a idéia explorada é a do nome da loja.
Em “Dubonnet”(1932), a palavra também é seu ponto de partida. “A idéia de satisfação vai se desenvolvendo à medida que o nome da bebida é articulado: DUBO (du beau, bonito, belo, agradável); DUBON (du bom, bom); DUBONNET (o nome completo, o homem completo, e a garrafa reaparece para tornar a encher o copo).” ¹
O cartaz criado para o aperitivo Pivolo também ilustra essa idéia. Este trabalho “teve origem no nome do produto – uma representação fonética de Et puis vole haut , um comando dado aos pilotos em fase de treinamento e que sugeriu ao artista a frase Pie vole haut (“a pega voa alto”). Por isso, essa ave tornou-se o motivo central do trabalho". ” ²
A industrialização e urbanização foram recorrentemente representadas nos trabalhos de Cassandre. É possível notar diversos ícones que remetem a essas idéias em seus cartazes, como a máquina a vapor e engrenagens. As linhas retas lembram a precisão de um objeto feito pela máquina.
Fontes de pesquisa:
www.adcglobal.org/archive/hof/1972/?id=296
http://www.alquimiadigital.com.br/vosnier/text.htm
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Leonetto Cappiello
"A dinâmica que anima as composições de Cappiello surge da idéia e da representação que o artista escolhe para dar forma a elas. O mundo de Cappiello está em constante movimento... Animais estampados, pessoas, gênios e diabos bailam, saltitam e brincam. Mas o moviemento, é também a linha, suave e poderosa, que da propulsão ao cartaz e o torna cheio de vida."Traduzido do Rejane Bargiel-Harry “Les dossiers d’Orsay Cappiello 1875 - 1942”
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Design e Política na década de 30.
A Politica está mais relacionada com o Design do que muita gente imagina:
Levando em consideração que o Design é "criação" do Homem e em certa parte reflete o ambiente e as cirscunstâncias em que ele vive, há muito o que se discutir na questão política.
O Socialismo, por exemplo, priorizava um Design mais simples e de baixo custo, visto que o sistema concentrava o capital nas industrias de base e mesmo que por utopia, era contra o consumismo. Mas isso é só um exemplo. O assunto predominante do Blog é tratar dos cartazes franceses da década de 30.
Nesse preceito, é necessário entender o contexto histórico da Europa nessa década.
Em 1930, 1 ano após a grande recessão, o continente europeu ainda se via "abalado" pelo que fora a 1ª Guerra Mundial. A crise econômica não afetou somente os Estados Unidos, mas os diversos países que dependiam financeiramente. Isso é o que acarreta o processo de globalização: a interdependência entre as nações. Foi a Era do Modernismo, incentivado por um governo que precisava se reequilibrar financeira e politicamente. Essa escola artística e literária carregava consigo suas inúmeras vanguardas. O naturalismo e o realismo dominaram a cena francesa tanto na pintura, no cinema e nas variadas manifestações artísticas.
O design de cartazes franceses baseava-se principalmente na técnica do contorno diagonal e visava a política pós-guerra e inspirava-se em elementos até como a Art Nouveau. Era preciso reanimar a Europa e o mundo. Afinal, desde muito cedo a Arte como um todo foi utilizada com propósitos políticos.
Nos paises europeus e posteriormente na Rússia, o Design refletiu mais do que tudo o aspecto sociopolítico do planeta.
Au revoir.