“Exactitude” de 1929: A pintura, posteriormente transformada em cartaz a pedido de uma empresa francesa de estradas de ferro para ser usado em sua campanha promocional, descreve uma imagem de um trem em perspectiva que acaba de chegar na estação – o título e a precisão da imagem sugerindo que ele está chegando na hora certa. A imagem é típica do período, com linhas fortes, ângulos agudos e cores escuras que conferem movimento e imposição do trem no cartaz. Fix-Masseau seguiu produzindo uma série de cartazes para esta empresa que almejava promover o glamour e a velocidade da viagem de trem nessa época.
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Pierre Fix-Masseau
“Exactitude” de 1929: A pintura, posteriormente transformada em cartaz a pedido de uma empresa francesa de estradas de ferro para ser usado em sua campanha promocional, descreve uma imagem de um trem em perspectiva que acaba de chegar na estação – o título e a precisão da imagem sugerindo que ele está chegando na hora certa. A imagem é típica do período, com linhas fortes, ângulos agudos e cores escuras que conferem movimento e imposição do trem no cartaz. Fix-Masseau seguiu produzindo uma série de cartazes para esta empresa que almejava promover o glamour e a velocidade da viagem de trem nessa época.
terça-feira, 29 de abril de 2008
Aldolphe Mouron Cassandre
“Um cartaz, diferentemente de uma pintura, não é e nem deve ser, um objeto concebido para satisfazer uma demanda específica de determinado amante das artes. Ele é um objeto produzido em série, que possui milhares cópias, assim como uma caneta ou um automóvel. Da mesma forma, o cartaz é feito para satisfazer determinadas necessidades materiais, e deve ter uma função comercial. Eu não preciso destacar que minha principal e constante preocupação é a de me reinventar sempre. Muitas pessoas bem intencionadas me pedem para fazer cartazes no estilo de “Au Bucheron” como se eu estivesse livre para dar continuidade a um estilo de design uma vez que este possui boa aceitação e já está estabelecido! Tais reproduções estão fora de questão. Além disso, seria uma forma de suicídio do artista. Cada cartaz é uma nova experiência, ou uma nova batalha para se lutar. O sucesso não vem para o artista que tenta convencer por meio de palavras suaves, mas para aquele que o faz de forma violenta.”
A. M. Cassandre
(traduzido de http://www.cassandre.fr/)
Considerado por muitos críticos como o mais brilhante cartazista francês de sua época, Aldophe Mouron Cassandre viveu entre 1901 e 1968. Pode-se dizer que Cassandre começou sua carreira aos 14 anos como pintor, mas ficou mundialmente conhecido por seu trabalho com design gráfico na produção de cartazes e criação de tipografias. E é isso que lhe permite fazer as reflexões acerca desse trabalho no trecho citado acima. É interessante notar o modo como vê o design gráfico (“satisfazer necessidades materiais, e deve ter uma função comercial”), que além de bastante atual não o separa do fazer artístico.
O cartaz ao qual se refere, foi feito para a loja parisiense de móveis “Au Bucheron” , que significa “O lenhador”. Neste trabalho, Cassandre explora o nome da loja e o material de que são feitos seus produtos. As linhas diagonais, marcantes na imagem, podem ser vistas em vários de seus trabalhos e em de outros artistas do período. É uma imagem forte e expressiva de um lenhador em que se pode notar influências cubistas (geometrização das formas) e fauvistas (cores fortes e contrastantes). Nota-se também a presença de uma forma de um degradé que posteriormente também fez parte dos principais trabalhos de seus contemporâneos, e que hoje é considerado como característica da Art Déco.
Apesar de Cassandre negar a continuidade de um estilo de design previamente estabelecido, pode-se observar algumas características que marcam sua produção. O forte trabalho que faz com a tipografia e a forma como explora as letras e palavras é um bom exemplo disso. Em “Au Bucheron” (1923), a idéia explorada é a do nome da loja.
Em “Dubonnet”(1932), a palavra também é seu ponto de partida. “A idéia de satisfação vai se desenvolvendo à medida que o nome da bebida é articulado: DUBO (du beau, bonito, belo, agradável); DUBON (du bom, bom); DUBONNET (o nome completo, o homem completo, e a garrafa reaparece para tornar a encher o copo).” ¹
O cartaz criado para o aperitivo Pivolo também ilustra essa idéia. Este trabalho “teve origem no nome do produto – uma representação fonética de Et puis vole haut , um comando dado aos pilotos em fase de treinamento e que sugeriu ao artista a frase Pie vole haut (“a pega voa alto”). Por isso, essa ave tornou-se o motivo central do trabalho". ” ²
A industrialização e urbanização foram recorrentemente representadas nos trabalhos de Cassandre. É possível notar diversos ícones que remetem a essas idéias em seus cartazes, como a máquina a vapor e engrenagens. As linhas retas lembram a precisão de um objeto feito pela máquina.
Fontes de pesquisa:
www.adcglobal.org/archive/hof/1972/?id=296
http://www.alquimiadigital.com.br/vosnier/text.htm
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Leonetto Cappiello
"A dinâmica que anima as composições de Cappiello surge da idéia e da representação que o artista escolhe para dar forma a elas. O mundo de Cappiello está em constante movimento... Animais estampados, pessoas, gênios e diabos bailam, saltitam e brincam. Mas o moviemento, é também a linha, suave e poderosa, que da propulsão ao cartaz e o torna cheio de vida."Traduzido do Rejane Bargiel-Harry “Les dossiers d’Orsay Cappiello 1875 - 1942”
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Design e Política na década de 30.
A Politica está mais relacionada com o Design do que muita gente imagina:
Levando em consideração que o Design é "criação" do Homem e em certa parte reflete o ambiente e as cirscunstâncias em que ele vive, há muito o que se discutir na questão política.
O Socialismo, por exemplo, priorizava um Design mais simples e de baixo custo, visto que o sistema concentrava o capital nas industrias de base e mesmo que por utopia, era contra o consumismo. Mas isso é só um exemplo. O assunto predominante do Blog é tratar dos cartazes franceses da década de 30.
Nesse preceito, é necessário entender o contexto histórico da Europa nessa década.
Em 1930, 1 ano após a grande recessão, o continente europeu ainda se via "abalado" pelo que fora a 1ª Guerra Mundial. A crise econômica não afetou somente os Estados Unidos, mas os diversos países que dependiam financeiramente. Isso é o que acarreta o processo de globalização: a interdependência entre as nações. Foi a Era do Modernismo, incentivado por um governo que precisava se reequilibrar financeira e politicamente. Essa escola artística e literária carregava consigo suas inúmeras vanguardas. O naturalismo e o realismo dominaram a cena francesa tanto na pintura, no cinema e nas variadas manifestações artísticas.
O design de cartazes franceses baseava-se principalmente na técnica do contorno diagonal e visava a política pós-guerra e inspirava-se em elementos até como a Art Nouveau. Era preciso reanimar a Europa e o mundo. Afinal, desde muito cedo a Arte como um todo foi utilizada com propósitos políticos.
Nos paises europeus e posteriormente na Rússia, o Design refletiu mais do que tudo o aspecto sociopolítico do planeta.
Au revoir.